terça-feira, 30 de junho de 2015

Informação é uma boa indicação de novos conhecimentos.
História : Entre os povos das zonas quentes da China, da Índia, do Egito, e da América do Sul, era praticada a geofagia (literalmente : comer terra ), com o fim de combater a prisão de ventre e prevenir enterites. Através de relatos, em documentos anteriores à nossa era, soubemos que os antigos médicos egípcios  ministravam a Argila por via interna, quando pretendiam combater inflamações e úlceras, e de forma externa quando tratavam deformações artríticas ( casos em que utilizavam as lamas quentes do Nilo ).
Na arte da mumificação dos corpos, os embalsamadores não dispensavam a Argila , pelas suas propriedades antissépticas. Entre os árabes, era comum enterrar os reumáticos em areia branca, e recorrer á Argila úmida para tratar a malária.
Enquanto os chineses  utilizavam a compressa de Argila para curar inflamações, os assírios e babilônios tratavam variadas afecções com lama preta. Os antigos índios bolivianos faziam pequenas estatuetas em Argila, invocadoras de figuras sagradas, que depois comiam ritualisticamente com finalidade terapêutica. Na Índia antiga, chegou a haver instalações próprias para os banhos curativos de lama argilosa. Entre os Citas, nas margens do Mar Negro, o emprego terapêutico da lama era muito difundido. Os gregos antigos, contemporâneos de Homero, mencionaram nos seus escritos as propriedades medicinais de terras curativas, destacando-se as existentes na colina Mosychlos, de origem vulcânica, pertencente à Ilha de Lemmos.
O médico e botânico grego Dioscórides, o árabe Avicena, assim como Plínio '' o Antigo '' e Galiano, fazem referências elogiosas ao  uso da Argila ou terra de Lemmos.
Se quiséssemos designar um  ''pai da Geoterapia '', esse seria Galiano - eminente médico e físico - que se esforçou por tirar o máximo partido possível das terras curativas, inventariando-as, com exaustiva descrição das virtudes e princípios curativos da cada uma delas. As três principais, pela ordem de preferência de Galiano , eram as terras de Lemmos, de Samos e da Arménia.

O que vulgarmente se designa por "Argila " corresponde a uma terra com :
Características gordurosas, sobretudo quando úmida;
Viscosidade e plasticidade depois de molhada;
Isenção de areia
Granulometria regular ( após compressão dos 'torrões ' de tamanho variável );
Isenção de vegetação ( sobre a Argila pura, nenhuma vegetação se desenvolve )

As 6 cores da Argila :
Branca - É mais neutra e suave. É a que se utiliza para o uso interno, para aplicar sobre as peles de bebes, para a desinfectar e para a cicatrização de problemas bucais.
Rosa - É a mescla da branca e da vermelha. Muito suave, é indicada para  para as peles delicadas e hipersensíveis.
Cinza - Sua cor é devido ao Carbono. De uso externo.
Verde - Muito rica em oligoelementos. É aplicada na regeneração da pele lesionada, muito útil como xampu para cabelos sem vida.
Vermelha - Deve sua cor ao óxido de ferro. É uma Argila que se emprega ( uso externo ) para todos os problemas da pele. Aplica-se em forma de banho, principalmente.
Amarela - De estrutura parecida com a verde, mas é pobre em alumínio. É recomendada para as irritações externas e como analgésico.

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